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Artista lança álbum virtual em show no dia 6 de outubro, no Teatro Dom Silvério “Para ser universal, basta cantar o seu quintal.” No álbum Serafim, o multi-instrumentista, cantor e compositor Sérgio Pererê leva a sério a citação de Tolstói. Ao traduzir, em letras e sons, o universo interior, com as mais íntimas vivências, Pererê faz um retrato de todos nós. Como um mensageiro, o artista canta a vida, a morte, o sagrado, a família e o amor no álbum que será lançado no dia 6 de outubro (quinta-feira), às 21h, no Teatro Dom Silvério. Quarto CD solo e primeiro após a saída do grupo Tambolelê, em janeiro deste ano, Serafim é uma mistura de ritmos: samba, toada, bossa-nova, reggae, blues e soul. Com arranjos pouco convencionais e timbre peculiar, o álbum reúne composições marcantes. E é, também, um tributo a músicos e intérpretes mineiros, convidados para duetos que são marca forte do disco. Primeiramente, o álbum será lançado em formato virtual, que poderá ser baixado pela internet. No site www.sergioperere.com.br, o público poderá montar o próprio CD, da forma que achar mais conveniente, inclusive alterando a sequência das músicas. Na plataforma, haverá a opção de capa original e a versão econômica, para aquelas pessoas que não querem gastar com impressão colorida. Além disso, o site oferecerá áudio oficial com qualidade impecável. O disco virtual é uma ótima opção para deixar o álbum ainda mais democrático. “O artista independente tem que buscar ferramentas e alternativas para viabilizar o seu trabalho. Escolher lançar o CD primeiro na web, no entanto, não é apenas uma opção econômica. Acredito que, assim, Serafim poderá ser conhecido e consumido por mais pessoas”, diz Pererê. Posteriormente, o disco será lançado como produto físico. “É um respeito com as pessoas que vão aos shows e querem, ali mesmo, pegar no CD e visualizá-lo. Acredito que os dois formatos devem e podem conviver tranquilamente. O importante mesmo é a música”, explica o artista. Vinte e dois é o número de Serafim No álbum, Pererê apresenta uma sonoridade mais acessível ao grande público sem, porém, abdicar da complexidade de sua obra. O artista, que canta em todas as faixas, mostra também o seu talento como instrumentista, tocando nada menos do que 22 instrumentos, de copo à guitarra semiacústica, passando por caxixi, tamá e djembé. Vinte e dois é também o número de músicos e intérpretes mineiros que participam de Serafim, um verdadeiro tributo à música feita no estado. O CD tem início com a oração Ofício a Nossa Senhora, introdução da música Zé Pereira, que conta com a participação de Daniel Guedes no pandeiro. A faixa seguinte é a belíssima Serafina, uma homenagem à mãe do artista, com direito a mensagem cifrada e à participação de Mateus Bahiense no vibrafone e de Rogério Delayon no violão de aço. Tanto nessa quanto na faixa bônus, os filhos de Sérgio Pererê, Imane e Rafael, de apenas seis e onze anos, acompanham o pai nos vocais. O álbum segue com a batida forte de Anjos e Orixás, na qual Pererê faz dueto com Pow Mx. A música seguinte, o gostoso samba tradicional Brilho Perfeito, tem Rodrigo Torino nos vocais, violão de 7 cordas e cavaco, além de Juventino Dias no trompete. O álbum retorna à densidade em A quem quiser me ouvir, com Mestre Jonas e Aloísio Horta como convidados, no violão e na guitarra semiacústica. Ainda mais intimista, a música Fim da Ira conta com Augusto Renó no violão. O clima dançante volta em Busca da Visão, que traz Marcílio Rosa na guitarra e, novamente, Juventino Dias no trompete e Aloísio Horta no contrabaixo. Horta ainda participa de Pirocóptero, que tem parceria vocal com Rodica Blues. Aloísio também está na suingada Química, que tem Juliana Perdigão no clarone. Perdigão também está em Riso de Sol, que conta com a força da voz de Maurício Tizumba e de Antônio Loureiro nas marimbas. O soul apaixonado Lugar ao Sol traz Júlia Ribas e Rogério Sam (no pandeiro e cuíca). Sam participa ainda de Pombinho Branco. Esse samba de quadra, de autoria do pai do artista, Santos Abel, é a única composição de Serafim que não pertence a Pererê. O convidado da faixa é Leonardo Brasilino, nos trombones. Serafim traz, ainda, a música-alertaTer, com Artur Rane no beatboxe; a canção Insustentável, que tem Victor Santana e Brisa Marques nos vocais e Rafael Leite nos congas, batá, xequerê e claves; e a emocionante Melhor Momento, que repete a parceria com Rogério Delayon, responsável pelos violões e guitarra.