Notícias

Os amantes da boa música já têm programa garantido para o período que vai de 29 de setembro a 4 de outubro. Entre esses dias acontece o Festival Internacional de Violão (FIV), que traz para Belo Horizonte grandes instrumentistas e compositores vindos de diversas partes do mundo, transformando a capital mineira num ponto de encontro de estilos, estéticas e sotaques. O Festival Internacional de Violão é um dos projetos selecionados no Edital Regional MG 2007 do programa Natura Musical através dos benefícios da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Em sua quarta edição, o FIV quer ampliar o diálogo com o público belo-horizontino. “O festival não é só para violonistas ou para quem gosta do som do violão. É para todo mundo que aprecia música de qualidade”, convoca o violonista e professor Fernando Araújo, um dos idealizadores do FIV e também curador do evento, junto com os músicos Juarez Moreira e Alieksey Vianna. Ao estruturar a programação, o trio de curadores foi orientado pelo princípio da diversidade. Assim, o calendário do FIV abrange, ao mesmo tempo, expressões tanto da música erudita quanto da música popular, passando por compositores clássicos, do barroco e outros contemporâneos. “A nossa principal preocupação é sempre oferecer atrações de alta qualidade. Estamos trazendo para Belo Horizonte artistas de primeira linha no cenário mundial e, com isso, queremos colaborar para derrubar de vez as barreiras entre o erudito e o popular. O violão é um instrumento tão presente na vida de todas as pessoas que todo mundo aprecia alguma forma de música em que ele se mostra. Ao misturar artistas de estilos variados, queremos instigar o público a conhecer outros sons”, continua Araújo. Entre os destaques da programação, estão o espanhol Juan Francisco Padilla e o argentino Juan Falú, que abrem o festival. Especialista em música antiga e música barroca, o suiço Hopkinson Smith é outra grande atração internacional. Além do violão, Smith ainda vai explorar os sons do alaúde e da guitarra barroca. Ainda há representantes da França, da Espanha, Grécia e dos Estados Unidos. O Brasil está muitíssimo representado por artistas como Guinga, Marcus Tardelli, Egberto Gismonti e os mineiros Alieskey Vianna, Fernando Araújo e Juarez Moreira, entre outros instrumentistas de respeito. “Fazemos questão de dar o devido espaço para a música mineira, que é muito forte e está cada vez mais organizada”, afirma Araújo. Mais do que entretenimento, o Festival Internacional de Violões se propõe a ser um espaço para reflexão e para a troca de experiências. É que, além dos espetáculos, o evento ainda oferece ao público oficinas e master classes, todas integralmente gratuitas. “Seria um desperdício esses artistas todos virem para apenas uma apresentação! Assistir à apresentação é sempre uma grande experiência, mas é ainda mais enriquecedor quando há a possibilidade de debater e discutir com os próprios artistas como é o processo de criação e qual é a experiência deles. Ao programar as oficinas e as master classes, queremos colaborar para difundir o conhecimento musical”, explica Fernando Araújo, ressaltando que as atividades podem ser assistidas pelo público em geral, sem qualquer necessidade de inscrições prévias.