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SKANK fala sobre o novo trabalho

Por Anne Morais Na coletiva realizada segunda-feira, 06/10, a respeito de Estandarte, o novo disco do Skank, deixou-se claro que uma referência sobressaiu na concepção das 12 faixas inéditas: o próprio Skank. Muito foi falado sobre uma retomada, ou de certa forma uma ruptura do estilo utilizado em seus últimos trabalhos como Maquinarama (2000), Cosmotron (2003) e Carrossel (2006). Mas Samuel Rosa deixa claro: “Não é nostalgia nem caricatura de si mesmo, é a banda assumindo o que é”. Em Estandarte a banda decidiu relaxar, fazer gozar. “Teu prazer é meu estandarte” diz o trecho da música Chão, ritmo com tempero eletrônico que deu origem ao nome do álbum. As músicas chegam ao público depois de oito meses de trabalho onde os quatro integrantes, dentro do estúdio, conseguiram o resultado que queriam. Quando falam sobre o conteúdo das letras a banda declara tratar-se de um trabalho “menos assexuado, mais obsceno”, que foge do que se vê no cenário nacional, balançado por “chororô emo e ladainhas seriosas de atitude consciente”. Em relação às canções mais simples e objetivas registradas no novo álbum, afirmam que o Skank já teve pudores em relação a se deixar descontrair, mas que agora se permitem serem mais espontâneos. Tendo uma sólida trajetória de quase duas décadas, podem experimentar coisas diferentes. O grupo teve a necessidade de se distanciar daquele ritmo consagrado dos anos 90 e “entrar de cabeça nas melodias um pouco mais elaboradas e harmônicas” ressalta Samuel Rosa. Porém, isso se esgotou em Carrossel e o novo trabalho traz de volta uma levada mais pulsante. Para voltar a esse formato foi convidado o produtor Dudu Marote - que já havia trabalhado nos discos Calango (1994), e O Samba Poconé (1996), que, ainda hoje, é o título recordista de vendas da banda. Além do retorno de Marote com sua batida mais eletrônica, as músicas trazem as parcerias de Samuel Rosa com Nando Reis, Chico Amaral e César Maurício. Os três artistas são muito próximos dos integrantes, com contribuições em álbuns pregressos e sabem o que é o Skank. O vocalista diz preferir compor juntamente com eles para que as letras sejam de qualidade e ao mesmo tempo não percam a pegada mais dançante que é o objetivo do álbum. Uma outra retomada é a utilização da internet como aliada. O site que desde 2001 não sofria muita alteração surge com um novo layout e disponibilizando aos usuários mais opções e interações com a banda. O Skank vem de uma época, em que para se consolidar se utilizava de meios “quase ortodoxos”, de tocar em rádio ou aparecer na TV, mas percebe que para acompanhar o ritmo dos fãs precisam dar uma atenção maior para os meios cibernéticos em geral. O show de lançamento do álbum acontece neste domingo, 12 de outubro, às 19 horas, no Chevrolet Hall e vai contar com 25 músicas, sendo seis ou sete do Estandarte e as outras os sucessos marcantes da carreira. O curioso é que, embora o grupo seja mineiro, esta será a primeira vez, desde que ganhou repercussão nacional, que o início da turnê de lançamento é feito em Belo Horizonte. “Dessa vez tudo se encaixou para que pudéssemos fazer aqui”, declara Samuel, que junto com Haroldo, Lelo, e Henrique, subirá ao palco para mostrar a mistura original do novo trabalho.

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