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No último dia da mostra (04/10), foi apresentado o ambiente que se destacou na questão da sustentabilidade A Casa Cor Minas Gerais fecha o evento com chave de ouro. Em parceria com a Universidade Fumec, todos os ambientes da mostra foram avaliados no quesito sustentabilidade, desde o processo de produção até a desmontagem. O trabalho dos arquitetos Fernando Hermanny e Germana Giannetti, denominado de Le Séjour du Chef, foi reconhecido como o projeto mais sustentável. Além disso, a Sala de TV, projetada pela arquiteta Bernadette Correa, e o Disco - Lounge Interativo, projetado pelos engenheiros civis e designers de interiores, Flávia Freitas e Luciano Costa, e pela arquiteta Maria Aparecida Teles, receberam menção honrosa do prêmio. A comissão julgadora foi formada pelo corpo docente do curso de design de interiores da faculdade de engenharia e arquitetura da universidade Fumec. Houve também uma equipe de apoio formada exclusivamente para a parceria entre a instituição e a mostra, composta por alunos dos cursos de design de interiores, engenharia civil, de produção civil e ambiental, que atuaram como monitores. Foram adotados os parâmetros de avaliação ambiental utilizados pela consultoria desenvolvida pela Fumec, chamados de eco-indicadores. Os principais itens avaliados são: uso de materiais de fontes renováveis; eficiência energética, na iluminação e em equipamentos utilizados; minimização na geração de resíduos; separação de materiais, para potencializar reciclagem e reaproveitamento; escolha de fornecedores que tenham responsabilidade social e ambiental comprovada; eficiência na gestão da água e valorização da região, ao dar preferência a fornecedores locais. Para a comissão, é importante haver essa premiação, porque valores baseados na sustentabilidade ambiental são fundamentais para uma postura ética e responsável do designer ou arquiteto. O profissional atento aos problemas que o planeta enfrenta busca alternativas para criar projetos de ambientes com alta qualidade, tanto estética quanto funcional. De acordo com a comissão avaliadora, o Le Séjour du Chef se destacou por usar uma iluminação que gasta menos energia, o piso é certificado, o balcão é feito com materiais reaproveitados, os cortes das bancadas foram planejados para não haver desperdício de material e, ao desmontar o ambiente, é possível reaproveitar os materiais utilizados. De acordo com o arquiteto Fernando, o ambiente foi planejado para atender 100% às exigências de um trabalho sustentável. A é iluminação em LEDs, tecnologia de ponta que permite grande economia de energia e alta durabilidade. “Foram utilizadas cerca de 60 lâmpadas e 10 metros de fitas de LED, com voltagem total de aproximadamente 500W. Utilizando lâmpadas convencionais, teríamos uma potência instalada de 4.300W, o que representaria um consumo de energia oito vezes maior, além do aquecimento que seria gerado”, explica o arquiteto. Já a ilha e a bancada da cozinha gourmet do ambiente foram executadas com um produto que utiliza 75% de materiais reciclados em sua composição, sendo apenas os 25% restantes de pedras naturais. Além disso, são dispostas quatro lixeiras embutidas no armário sob a bancada da cozinha para separar o lixo que será reciclado. A Sala de TV se destaca pela estratégia de montagem e desmontagem que permite o reaproveitamento de todo o espaço construído; e o Disco - Lounge Interativo apresenta uma iluminação mais responsável ecologicamente, que utiliza lâmpadas de LED, divisória construída com garrafas PET. Essa parceria entre a Universidade Fumec e a Casa Cor Minas, firmada desde o ano passado, tem o objetivo de incentivar cada vez mais iniciativas sustentáveis nos projetos da mostra, que são referências em nível nacional. A Fumec também está desenvolvendo um manual de diretrizes para projeto e avaliação de desempenho ambiental, que poderá ser usado por arquitetos e designers, para que as futuras edições do evento primem ainda mais pela responsabilidade sócio-ambiental.