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BH recebe maratona de filmes sobre deficiência
Em sua quarta edição, Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre deficiência chega à capital mineira trazendo 16 produções de várias partes do mundo e debates que discutem a acessibilidade em sessões com suporte de audiodescrição,legendas em Closed Caption e intérpretes de LIBRAS. Entre os dias 15 e 21 de outubro, Belo Horizonte será palco de uma grande celebração pela inclusão. Pela primeira vez, o Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência será realizado na capital mineira, mais especificamente no Cineclube Savassi, com uma programação totalmente gratuita que inclui 16 longas, médias e curtas-metragens sobre o tema, além de dois debates. O Assim Vivemos é uma realização da Lavoro Produções, com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Em uma época em que se torna cada vez mais urgente a consciência sobre acessibilidade, o Assim Vivemos se consolida como um importante agente em prol da democratização sócio-cultural. O festival teve sua primeira edição em 2003, no Rio de Janeiro e em Brasília. Exibindo documentários, filmes de ficção e animações que formam um painel surpreendente, fascinante e esclarecedor, o festival revela filmes que trazem a pessoa com deficiência para a cena principal e, através da arte, quebram os preconceitos. Este ano, em sua quarta edição, o festival conquista um sonho há muito acalentado: a itinerância. Além de Belo Horizonte, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul (RS), também receberam o evento. Mais do que trazer a acessibilidade à baila da discussão social, o festival Assim Vivemos realiza todas as suas sessões com suporte para que pessoas com deficiência possam mergulhar fundo no universo mágico e cheio de sensações do cinema. Para isso, lança mão de recursos como a audiodescrição – feita ao vivo por atores e transmitida por fones –, legendas em Closed Caption, intérpretes de LIBRAS nos debates. O acesso à sala de exibição é adaptado para cadeirantes e até mesmo os catálogos sobre o festival têm versão confeccionada em braile. PROGRAMAÇÃO Na programação, predominam filmes centrados nos indivíduos: em suas subjetividades, sentimentos, ideias, conflitos familiares e dramas pessoais; refletindo uma tendência do documentário e da produção artística em todo o mundo. Vale notar a presença de produções brasileiras, nas quais alguns dos nossos principais diretores lançaram seu olhar sobre a questão da deficiência: Sentidos à flor da pele, de Evaldo Mocarzel; Pindorama, de Roberto Beliner, Lula Queiroga e Leo Crivellare, e o curta O Voo da Cegonha, do diretor mineiro Lally Cataguazes. O mapa cinematográfico ainda é enriquecido com produções internacionais: há filmes da Bielorrússia, Noruega, Israel, Argentina, Canadá e França, constituindo um painel multicultural de alta qualidade. Alguns destaques desta edição: o argentino Mundo Asas, sobre uma trupe de artistas com deficiência que excursiona pela Argentina, sob o comando do cantor Leon Gieco; Somos todos Daniel, do Canadá, filme que nos apresenta uma turma de adolescentes autistas que cantam, dançam e interpretam; Sou surdo e não sabia, da França, e Vozes de El-Sayed, de Israel, ambos sobre questões relativas à surdez. Além dos filmes, dois debates compõem a programação. Na quarta, dia 20, o tema de discussão é Autista e Artista, motivado pelo filme Somos todos Daniel. Na quinta, dia 21, Surdo: Sinalizado ou Oralizado, parte da produção Vozes de El-Sayed para debater a acessibilidade sob a perspectiva da deficiência auditiva.
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