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Setor de papelaria movimenta R$4 bilhões/ano no Brasil
Evento do setor em BH impulsiona o comércio mineiro, trazendo lançamentos do setor de papelaria e afins, além de oferecer palestras aos empresários e participantes. A edição 2010 da Feira Nacional de Papelaria, Escritório, Informática e Livraria – Fenapel teve início ontem, quarta-feira, em Belo Horizonte, e contou com a presença de autoridades políticas e empresariais na abertura do evento. Várias empresas participam da feira, entre elas: Faber Castell, Mercur, Multilaser, Labra, Chenson, São Domingos, Visitex, Republic VIX e Jandaia. Segundo o diretor da Câmara Setorial de Papelarias e afins da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar, “o ano de 2010 está sendo melhor do que o anterior para o setor de papelaria, mas a expectativa é de ainda mais crescimento em 2011. O segmento de papelaria movimenta cerca de R$4 bilhões/ano no Brasil, sendo que os itens de papelaria respondem por 75% do total do faturamento – incluindo também brinquedos, presentes e material artístico. Os 25% restantes correspondem às vendas de livraria. “O Brasil é um mercado muito diferenciado. As empresas investem em licenciamentos de marcas para oferecer mais opções ao consumidor, como no caso das capas de caderno, por exemplo. Por isso, sempre há novidades sendo lançadas”, analisa o diretor. Os principais produtos das papelarias são material escolar e de escritório, representando 60% das vendas das lojas. Os outros 40% são ocupados por livros, material de informática e presentes. Mas segundo Marco Antônio, as grandes lojas estão cada vez mais focadas em itens de papelaria: “Uma papelaria de médio porte tem, em média, 20.000 itens. Atualmente, há uma tendência em eliminar produtos como brinquedos e presentes das lojas, e focar em produtos que realmente estão mais ligados ao setor”, diz. Em Minas Gerais o setor é composto, principalmente, por micro empresas. No estado, 87% das papelarias tem de 0 a 4 vínculos ativos. “São empresas essencialmente familiares, onde mãe, pai e filhos é que fazem todo o serviço”, esclarece Marco Antônio. “Mas a tendência é que as empresas do setor se profissionalizem cada vez mais, ainda que mantenham a estrutura familiar, já que o mercado pede isso”, completa. No que diz respeito à escolaridade, 51% dos trabalhadores possuem até o segundo grau completo. A carga horária é de, em média, 41,5 horas por semana, sendo que a grande maioria dos empregados (87,28%) ganha três salários mínimos ou menos. A média salarial não ultrapassa 1,5 salários mínimos. Fenapel Além das diversas oportunidades de negócios geradas pelo evento, a data escolhida favorece muito o setor de papelaria em Minas Gerais –a realização da feira no fim de outubro foi pensada estrategicamente, já que esse período é ideal para o varejo renovar os estoques para o início do ano escolar em 2011. Entre os participantes da abertura, estavam o Secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico, Rafael Guimarães Andrade, que representou o governador Antônio Anastasia, e deputado estadual João Leite, representando a Assembléia mineira e o Governo do Estado. Marcelo Souza e Silva, vice-presidente da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar, diretor da Câmara Setorial de Papelarias e afins da CDL-BH, e Luiz André Chiatti, diretor da L&C Eventos, que organiza a feira, também estiveram presentes. A Fenapel, que está em sua quarta edição, teve um aumento de 10% na quantidade de expositores em relação ao ano passado, e continua trazendo aos empresários mineiros informações e tendências do varejo mundial. Na cerimônia de abertura, o Secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico, Rafael Guimarães, reconheceu o papel exercido pelo setor de papelaria e pequenas empresas para a economia do Estado, e ressaltou a evolução da Feira. “A Fenapel é a melhor feira do setor no país, vem crescendo e melhorando a cada ano. Eventos como esse contribuem para a economia do Estado e fortalecem o empreendedor, que é importante porque cria empregos, gera renda e movimenta o comércio”, disse. O deputado João Leite também elogiou o evento, e defendeu mudanças na legislação tributária: “precisamos proteger o empreendedor, que gera empregos e recursos para Minas Gerais”, afirmou. A Feira vai até sábado, dia 30, e apresenta os lançamentos nos setores de papelaria, escritório, informática, livraria para o ano de 2011. Lojistas, empresários e diretores de escolas podem encontrar no evento diversos materiais, desde mochilas e porta-objetos até máquinas para recarregar cartuchos de impressoras. Tintas especiais para artesanato, gavetas que não soltam do suporte ao serem puxadas e acessórios diferenciados também são itens presentes na Feira. Outro diferencial do evento são as palestras e debates abertos aos participantes. Ontem, um grupo de representantes da CDL-BH que viajou aos Estados Unidos para observar as práticas comerciais naquele país falou aos empresários e demais presentes na Feira. Segundo Lidiane Tostes, Gerente de Planejamento e Gestão da CDL que liderou a palestra, a viagem foi um aprendizado que agora está sendo repassado aos empresários mineiros: “viajamos para conhecer o varejo nos Estados Unidos porque o país é uma referência mundial. Pretendemos melhorar cada vez mais o comércio mineiro, e por isso estamos repassando aos empresários algumas estratégias que percebemos lá. Realizar essa palestra na Fenapel foi de muita importância”, observou.
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