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Treze cadeiras ganharam novas versões e foram transformadas em obras de arte pelos artistas do Grupo Maison: Andreza Nazareth, Celeste Sardemberg, Clara Lima, Elaine Tassini, Flávia Taglialegna, Letícia Soares, Mara Martins, Marcília Mourão, Ofélia Torres, Silvia Santiago, Thelma Quevedo, Vera Grossi e Zilma Munhoz. As peças podem ser vistas na exposição Tronos da Arte Contemporânea, de 5 a 30 de novembro, na Galeria do PIC. De acordo com o curador Glauco Moraes, a intenção é mostrar o conceito presente em uma obra, independente da liberdade artística da arte contemporânea. “O sentido plástico da exposição está explícito nas cadeiras, que batizamos de tronos. Entregamos os assentos aos artistas para que eles dessem um significado artístico a um objeto do cotidiano, mesmo com o livre-arbítrio da arte contemporânea”, explica. Os artistas abordaram temas como violência, movimentos feministas, imigração japonesa, robotização do ser humano, uso de peles de animais e outros. Para Flávia Taglialegna, autora do trono Mitologia do Antigo Egito, a mostra evidencia a grandeza da arte. “A sociedade egípcia, por exemplo, era metódica e disciplinada. A contemporaneidade tem destruído a nobreza do artista, levando a arte ao caos moderno”, afirma. A artista utilizou pintura com tintas acrílicas e acabamentos feitos com pedraria, miçangas e tiras bordadas. Os pés do trono foram feitos com madeira de cedro talhada à mão. Mara Martins usou sua obra para falar do sentido da vida. A artista apresenta um feto robótico pintado com tinta acrílica, sobre um tablado em MDF. Para dar a sensação de instabilidade, um dos pés do trono foi substituído por uma bengala e o encosto contém furos que representam os buracos da alma humana. “Minha obra fala da vida, de nascimento e morte. As fendas mostram o vazio que deve ser preenchido pela razão da nossa existência”, diz Mara. O Grupo Maison é coordenado pelo curador e artista plástico Glauco Moraes, diretor da Maison Escola de Arte, que há oito anos revela talentos artísticos no cenário mineiro e nacional.