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Festival Nacional Sesi Música reúne, em Belo Horizonte, novos talentos da música popular brasileira. Todos os participantes trabalham em indústrias e vivem a grande oportunidade de mostrar a sua arte. Shows têm entrada gratuita. A riqueza sonora do Brasil tomará conta da capital mineira, de 2 a 5 de novembro. Canções serão os principais ingredientes do 3º Festival Nacional Sesi Música, a ser realizado no Teatro SESIMINAS e contará com a participação de artistas trabalhadores ligados a mais de 50 indústrias brasileiras. Organizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), a iniciativa cultural premia os melhores cantores e compositores industriários. Além das apresentações dos músicos participantes, as etapas semifinal e final contarão com shows de Lô Borges e Flávio Venturini, Vander Lee, Cobra Coral e Aline Calixto. Os ingressos são gratuitos (veja condições no serviço). Desde que foi criado, há três anos, o Festival Sesi Música busca delinear novos horizontes na vida de milhares de trabalhadores da indústria, além de promover a atividade cultural nas empresas, melhorar a qualidade de vida, motivar as equipes e, consequentemente, contribuir para o aumento da produtividade. O evento, na verdade, possui importante papel no fortalecimento das empresas, na medida em que os trabalhadores têm a oportunidade de vivenciar valores como integração e disciplina. “O Festival é responsável pela valorização das pessoas através da arte. Todos os que participam do evento desenvolvem, por meio da música, o gosto pela cultura”, afirma a Gerente de Cultura do SESI Nacional, Claudia Ramalho. Pela primeira vez, Belo Horizonte sedia o evento, que mobilizou milhares de trabalhadores nos 26 estados do País mais o Distrito Federal. Para Thiago Maia, Coordenador Geral do 3º Festival Nacional Sesi Música, o evento está trazendo para a capital mineira mais de 400 pessoas, entre artistas, empresários e pessoas ligadas à cultura, estimulando também a economia e o turismo. “Para nós é uma honra receber pela primeira vez a itinerância do Festival, que mobiliza sonhos e expectativas de empresas e trabalhadores de todo o Brasil”, ressalta o coordenador. SELEÇÕES CONCORRIDAS Para se apresentar no Festival e concorrer aos prêmios estaduais e o prêmio nacional, o artista candidato precisa trabalhar ou ser dependente legal de um dos mais de 8 milhões de empregados das mais de 400 mil indústrias de todo o Brasil. Os classificados para a final da terceira edição do Festival foram escolhidos e premiados em 74 semifinais municipais e estaduais, realizadas nos 26 estados e no Distrito Federal. O processo de seleção dos finalistas abrangeu cerca de 1,6 mil trabalhadores de mais de 700 empresas de todo o país. Em Belo Horizonte, apresentam-se 57 músicos, que concorrem a prêmios de R$ 7 mil (primeiro lugar), R$5 mil (segundo lugar) e R$3.500 (terceiro lugar), nas categorias música inédita e interpretação. No total, serão distribuídos R$ 31 mil. Além de se apresentarem para o público, os participantes têm a oportunidade de aprender muito com profissionais gabaritados do mundo das artes. Durante os dias de evento, no Centro de Cultura Nansen Araujo – Teatro SESIMINAS, os industriários/artistas participarão de oficinas de expressão corporal, com a bailarina e professora Gabriela Christófaro, e técnica vocal, com a cantora Andrea Amendoeira. Além disso, serão dirigidos em cena por Ed Andrade, regidos pelo maestro Fernando Muzzi e acompanhados por uma banda base composta por 9 dos melhores músicos mineiros. A escolha das melhores composições e interpretações do Festival ficará a cargo dos jurados Eduardo Dussek, Leny Andrade, Leo Gandelman, Marcus Viana e Verônica Sabino. Os nomes dos vencedores serão divulgados no dia 5 de novembro, no próprio Teatro SESIMINAS, em Belo Horizonte, com apresentação de Zeca Camargo. UMA HISTÓRIA DE MOBILIZAÇÃO PELA ARTE Aos 31 anos, Gleison Reis teve a oportunidade de realizar um grande sonho em 2008. Naquele ano, o jovem de Sete Lagoas fora selecionado a participar do Festival Sesi Música, na categoria Interpretação, com a música Você me vira a cabeça, de Chico Roque e Paulo Sérgio Valle, conhecida do grande público na voz de Alcione. Vitorioso no evento, o jovem nunca mais seria o mesmo. Após a experiência artística bem sucedida, tornou-se mais confiante no dia a dia e melhorou ainda mais seu já ótimo desempenho profissional. A ponto de colecionar elogios dos mesmos colegas e gestores que o haviam estimulado a cantar: “O incentivo para participar do Festival Sesi Música trouxe ao operador de máquinas Gleison um brilho novo, uma necessidade de querer estar ali, trabalhando com mais vontade. Isso se deve à oportunidade de realizar um sonho e de contar com total apoio de todos”, conta Fabiano Henrique Nascimento Alves, um dos sócios da Comam Industrial, empresa especializada em usinagem e conformação de peças para veículos automotivos. A motivação de Gleison também se refletiu nos demais colaboradores, que melhoraram sua auto-estima. Eles perceberam que poderiam desenvolver seus próprios talentos. A participação do jovem no Festival Sesi Música significou, ainda, benefícios à empresa. A produtividade alcançou índices avassaladores e o funcionário compartilhou suas emoções com os demais. “Sempre em busca de melhorias, Gleison tornou-se mais pró-ativo, com ideias para reduzir custos e refugos e aumentar significativamente a produção. Tivemos melhoria no padrão hora do produto de 250 para 270 peças/hora. Ou seja, de 2 mil peças por dia, passamos a produzir 2.160, o que representou economia de quase 40 minutos”, explica Fabiano, ao ressaltar, ainda, que as empresas devem conscientizar-se de que seu futuro está, justamente, nas mãos dos colaboradores: “Por que, então, não lhes oferecer condições de desenvolver um trabalho cada vez mais comprometido com a organização? Para tal, basta incentivá-los a viver seus sonhos”. Quando Gleison soube que, em 2009, haveria outra edição do Festival Sesi Música, resolveu concorrer novamente. Dessa vez, contudo, haveria uma etapa estadual e uma nacional. Apesar disso, ele não hesitou e, mais uma vez com o apoio da Comam, participou. Resultado? Sagrou-se campeão estadual e bicampeão nacional. O jovem músico diz que as premiações são um incentivo para que possa continuar a trilhar seu caminho artístico. Hoje, Gleison conta com bolsa do Sesi Belo Horizonte, onde realiza aulas de canto e de inglês. Em 2010, Gleison foi convidado a se apresentar no encerramento da etapa estadual, realizada em julho passado. Cantará, ainda, na final da etapa nacional, em Belo Horizonte. Muito mais do que uma história de sucesso, a experiência de Gleison revela a enorme força da arte. Afinal, através de belas melodias e harmonias, o jovem foi estimulado a construir novos horizontes, pessoais e profissionais. Um dos grandes objetivos do Festival Sesi Música é, justamente, incentivar os colaboradores das empresas do sistema Sesi, no Brasil, a se desenvolver a partir de seus próprios sonhos e talentos. Além disso, a iniciativa busca ressaltar a importância do investimento das organizações no futuro de seus colaboradores, garantindo-lhes possibilidades múltiplas de crescimento. PROGRAMAÇÃO Todos os dias, sempre após a apresentação dos artistas da indústria, haverá um grande show de encerramento. Confira a programação dia a dia. 2 de novembro, terça-feira Aline Calixto É pelo feitiço de suas vilas ricas que Minas revela o canto de Aline Calixto, uma das mais promissoras vozes da cena contemporânea da música brasileira. Seu primeiro disco, pela Warner Music, tem a força revitalizadora das jovens rodas de Minas e do Rio. Ao mesmo tempo, agrega guerreiros lendários das velhas guardas – Monarco, Nelson Sargento, Walter Alfaiate e Wilson Moreira - que recebem, com a humildade dos bambas, o novo que se apresenta. Aline Calixto recebeu o aval da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) vencendo o prêmio de Disco do Ano em 2009, por seu álbum homônimo lançado em junho pela Warner Music. Já este ano, Aline Calixto foi indicada em duas categorias no prêmio da música brasileira, a mais importante premiação musical brasileira. Ela concorreu como melhor cantora de samba de 2009 e também na categoria melhor cantora de 2009. Aline nasceu no Rio, há 28 anos. Mudou-se para Minas com seis. Adolescente, desenvolveu olhar atento às questões sociais e foi para Viçosa formar-se e depois lecionar Geografia. Mais por insistência de amigos que por obstinação, passou a apresentar-se na cidade, criando um movimento em torno do samba. Em pouco tempo, sua presença era requisitada na região. Ficava inevitável perceber que sua geografia inevitavelmente teria de passar pela história do samba. 3 de novembro, quarta-feira Cobra Coral Formado por quatro artistas de destaque da cena atual de Belo Horizonte, Flávio Henrique, Kadu Vianna, Mariana Nunes e Pedro Morais, o Cobra Coral é um novo grupo vocal que já se destaca em Minas Gerais. O formato é acústico, com três violões, quatro vozes e ricos arranjos vocais. No repertório, arranjos diferenciados para canções como E o que for já é [Kadu Vianna e Pedro Morais], Tristesse [Milton Nascimento e Telo Borges], A Rede [Lenine], Cobra Coral [Caetano Veloso e Wally Salomão], Casa Aberta (Flávio Henrique e Chico Amaral) e Pássaro Pênsil [Flávio Henrique e Carlos Rennó]. Flávio Henrique Compositor e produtor musical bastante atuante, tem 7 CDs autorais lançados e um DVD, seu último trabalho é o CD “Pássaro Pênsil” lançado pela gravadora Biscoito Fino. É parceiro de grandes nomes da música brasileira. Kadu Vianna Cantor e compositor tem dois CDs lançados e atualmente acompanha nomes de destaque da MPB como Marina Machado e Flávio Venturini. Seu último CD é o álbum “Dentro” com participação de Milton Nascimento. Mariana Nunes Cantora de voz cristalina e privilegiada, grande revelação da música mineira da atualidade, tem dois CDs lançados, o mais recente “A Luz é como a Água” 2009, com participações de Vander Lee e Jaques Morelembaum. Pedro Morais Apontado pela crítica como um dos melhores intérpretes brasileiros da atualidade, tem dois CDs lançados, o último deles “Sob o Sol” lançado em 2010 com produção de Chico Neves. 4 de novembro, quinta-feira Vander Lee Reconhecido como um dos cantores e compositores mais originais da atual MPB, Vander Lee já realizou ótimas parcerias com artistas renomados, como Elza Soares, Fabio Junior, Gal Costa, Leila Pinheiro, Alcione, Maria Bethânia além dos novos talentos como Zeca Baleiro, Regina Souza, Luiza Possi e Lokua Kanza (França). Suas composições passeiam por sambas espirituosos, baladas românticas inspiradas e rock’s moderados, como Românticos, Galo e Cruzeiro, Passional e Onde Deus possa me ouvir, apresentando esse versátil artista, que possui com seu público uma relação de cumplicidade. O mineiro apresenta em sua música a versatilidade de letras que relatam o cotidiano. Até hoje, o artistas lançou os discos Vanderly (1997) – produção independente; No balanço do Balaio (1999) – Selo Kuarup (RJ); Vander Lee ao vivo (2003) – Indie Record’s (RJ); Naquele verbo agora (2005) – Indie Record’s (RJ); Pensei que fosse o céu – CD e DVD (2006) – Indie Record’s (RJ); Entre acústico (2007) – DVD e Faro (2009) – Deckdisc (RJ). 5 de novembro, sexta-feira Lô Borges e Flávio Venturini + Acústico Acompanhados de seus guitarristas, os cantores e compositores mineiros Lô Borges e Flávio Venturini apresentam repertório de grandes sucessos, em formato mais intimista, com estréia na apresentação especial para a série “MPB – Músicos Mineiros – Instituto Cultural Usiminas”. Sócio-fundadores do Clube da Esquina, no início dos anos 1970, movimento musical surgido em Minas Gerais e mundialmente reconhecido, Lô Borges e Flávio Venturini têm carreiras de mais de 30 anos, com público e sucesso renovados. Os dois artistas nasceram e residem, atualmente, em Belo Horizonte. Suas canções superam as barreiras do tempo e do espaço geográfico. Neste show intimista, Lô e Flávio presentearão os fãs com alguns de seus eternos sucessos, como Clube da Esquina nº 2, O trem azul, Paisagem da janela, Um girassol da cor do seu cabelo, Espanhola, Todo azul do mar, Noites com sol, Linda juventude, entre outras.