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Fundação Clóvis Salgado apresenta exposições de novos artistas em novembro

Obras de André Favilla e Thiago Honório ocuparão a Galeria Genesco Murta entre os dias 09 de novembro e 04 de dezembro Os artistas plásticos André Favilla (Campinas, 1971) e Thiago Honório (Carmo do Paranaíba, 1979) realizam suas primeiras exposições individuais em Belo Horizonte, na Galeria Genesco Murta, no Palácio das Artes, a partir do dia 09 de novembro. As obras ocuparão a galeria, que estará aberta de terça a sábado, das 9h30 às 21h; e aos domingos, das 16h às 21h, até o dia 04 de dezembro. A entrada é gratuita. - “Quanto Como um Desenho”, de André Favilla Intitulada “Quanto Como um Desenho”, André Favilla expõe 14 desenhos, realizados entre 2009 e 2011; dois desenhos de grande-formato da série Planos; e 12 desenhos de pequeno formato da série Alvos. Desde 2008, Favilla utiliza o computador para a produção de suas obras. Na contramão da utilização excessiva das mídias eletrônicas e digitais no campo das artes, onde a participação mecânica do espectador tem sido crescentemente requisitada pelos artistas e instituições do mundo da arte, Favilla realiza desenhos monocromáticos que tem a linha (e não o pixel) como o principal vetor de organização do campo visual. Os desenhos são realizados inicialmente no computador, com o auxílio de aplicativos comerciais de design gráfico, e, em seguida, são impressos sobre papel de algodão em uma impressora jato de tinta de grande formato. Na série Alvos, Favilla examina o consumo acelerado de imagens de conteúdo erótico mediado pela Internet, colocando o espectador na posição de um voyeur que é simultaneamente atraído e repelido pelos desenhos. Por outro lado, na série Planos, o artista propõe uma experiência de imersão ao espectador, já que os desenhos de grande formato desta série delineiam um espaço de representação que, a um só tempo, pode ser visto como preciso, matemático, precário e instável, onde relações figura-fundo são permanentemente reconfiguradas pelo observador à medida que este se movimenta no entorno do desenho. Desde 2009 Favilla realiza exposições individuais e coletivas em várias cidades do país, como São Paulo (17º Festival Internacional de Arte Contemporânea Videobrasil), Curitiba (Casa Andrade Muricy), Florianópolis (Museu Histórico de Santa Catarina), Porto Alegre (Goethe-Institut), Ribeirão Preto (Marp – Museu de Arte de Ribeirão Preto) e Campinas (Ateliê Aberto). O artista vive e trabalha em São Paulo. - “Exposição”, de Thiago Honório Com o título “Exposição”, Thiago Honório procura problematizar em sua mostra a ideia das exposições de arte em geral. Os trabalhos que compõem a coleção, cujo título Exposição enuncia literalmente o problema com o qual o artista se defronta, foram livremente inspirados na novela História do olho, de Georges Bataille, como também no ensaio Espelho da tauromaquia, de Michel Leiris. Em Exposição, Thiago Honório procura estabelecer uma relação entre os trabalhos, enfatizando os intervalos entre eles, conferindo um estatuto ativo aos espaços deixados vazios; com isso, ao mesmo tempo que resguarda a autonomia de cada um deles, mergulha-os num feixe de relações recíprocas, situação na qual o espectador deve se descobrir permanentemente convocado a redefinir o conjunto. Numa generosa parede da sala de exposição da Galeria Genesco Murta encontra-se apenas um grandioso chifre de um animal selvagem; na parede ao lado, um monitor de plasma exibe o vídeo Exposição I e, no centro da mesma sala, há outros dois trabalhos, intitulados Xeque-mate e "Olho". Para além das ideias de exposição e exibição que perpassa todos os trabalhos reunidos, o conjunto revela uma crueza, a vontade de uma exposição autodemonstrativa de seus elementos, e surge de um ato que paradoxalmente deseja se presentificar pela ausência, vale dizer, pela própria energia que deve irradiar das obras. Dentre as obras da coleção, está o título Bataille (que também significa batalha) gravado em placa de ouro afixada sobre um suporte de madeira do qual emergem os chifres, tabuleiro de peles, chumbo, espelho, ovo, elementos expostos cruamente e isentos de preocupação narrativa. As ideias de exposição, corte, disjunção, bem como uma relação com o ambiente que envolva ativamente o espectador, são questões caras a Thiago Honório e vêm sendo abordadas em seus trabalhos, desde “Saltando de banda”, exposição realizada em 2003, espécie de performance de engenharia com estacas de concreto armado e cabos de aço.

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