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Percusionista carioca lança "Ultrasom" em BH
Ousado e criativo. É assim que se denomina o percussionista Siri que, a cada trabalho, reinventa as formas de criar música instrumental. Depois de sons retirados da água e do motor de um fusca, o carioca se volta para o lado humano, transformando respirações, batimento do coração, choro, entre outras peculiaridades, em uma melodia suave e representativa do nascimento da vida. E é com esse tema que o músico lança em Belo Horizonte o álbum Ultrasom, dia 20 e 21 de novembro, no Teatro Dom Silvério. A capital mineira foi escolhida para fazer o “nascimento” do trabalho de Siri. “Da última vez que estive em Beagá, me senti tão em casa e tive uma repercussão tão boa, que resolvi iniciar a turnê de lançamento do novo álbum junto aos belo-horizontinos”, conta o músico. Depois, o percussionista passa por São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Maceió e Salvador. Ele também já recebeu convites para apresentações pela Europa. A turnê tem patrocínio da Petrobrás, via lei Rouanet. Tudo começou na gestação de Clara, filha de Siri. Pai de primeira viagem, o músico se encantou com os sons reproduzidos no ultrassom e identificou um mundo paralelo com a música. “Ia às sessões de ultra e ficava encantado com aquela vida que surgia e o som que produzia. Não tive dúvidas: ali estava a minha nova inspiração. Levei um DVD e gravei tudo”, conta. O músico embarcou em uma viagem inusitada entre os sons produzidos pelo corpo humano, focando a musicalidade do útero materno. Assim como na gravidez, o “filho musical” de Siri demorou nove meses para ser produzido. As faixas, com interessantes nomes, demonstram as fases de vida de um feto e o seu crescimento. Segundo o músico, a primeira música, Ultrasom, homônima ao disco, “é uma verdadeira orquestra uterina, com sons de respiração, líquido amniótico, fluxo sanguíneo, batimento cardíaco e sons do ventre em uma única melodia”. Tem também a canção Chorinho nº 1, com o primeiro choro de Clara na maternidade, entre várias outras como Anjo Mato, Papai Chamou, Clariando e Placenta. Além dos arranjos inusitados, o músico assina a produção musical e a gravação de toda a parte rítmica, tocando instrumentos como bateria, tablas, didjeridoo, berimbaus, surdos, pandeiros, harmonium e trompetes. Participações de músicos como Sacha Amback (pianos), Jr. Tostoi (guitarras), Nicolas Krassik (violino), Iura Ranevsky (cello), Bruno Migliari e Denner Campolina (contrabaixo) e Leo Sousa (vibrafone), e a participação especial de Lenine em “Cordão Umberimbau”, também dão brilho ao novo CD. Workshop Antes das apresentações, o renomado percussionista dará uma palhinha de seus trabalhos anteriores. No dia 19 de novembro (quinta-feira), o músico carioca realizará, no Espaço Cultural Tambor Mineiro, o workshop Nova perspectiva da percussão. Siri apresentará novos olhares sobre instrumentos de percussão através de trocas. Atabaques, bongôs, agogôs e tablas são substituídos por panelas, garrafas, molas e o que a criatividade permitir, respeitando e apresentando as diferentes técnicas de cada instrumento. Para maior compreensão dessas técnicas, o público conhecerá maneiras diferentes de ler, escrever e escutar músicas de diversas culturas do mundo e suas respectivas histórias. Os participantes do evento ganharão ingressos para assistir ao músico no final de semana.
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