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Vergonha dos Pés

Há doze anos, Fernanda Young, atualmente uma das mais importantes autoras brasileiras, publicava seu primeiro romance, Vergonha dos Pés. O texto conta a história de uma conflituosa jovem que sonha em ser escritora e, por calçar sapatos número 33, envergonha-se dos próprios pés. A obra chegou ao universo teatral, estrelada por Priscila Fantin, que estréia nos palcos, e Danton Mello, e fará curta temporada em Belo Horizonte, de 5 a 7 de dezembro (sexta a domingo), no Teatro Dom Silvério. O espetáculo faz temporada também em Ipatinga, nos dias 22 e 23 de novembro, no Teatro do Centro Cultural Usiminas. Vergonha dos pés encerra a temporada 2008 do projeto Teatro em Movimento, que tem produção da Rubim Projetos e Produções. Com texto adaptado pela própria Fernanda Young e direção de Alexandre Reinecke, Vergonha dos Pés é uma atordoante viagem aos pensamentos de Ana (Priscila Fantin), uma jovem solitária, lírica e imprevisível. A personagem alimenta o sonho de ser escritora e cria histórias fantásticas, existentes apenas em seu imaginário. Ela luta para que seus contos cheguem ao papel, e aí reside o grande conflito da peça. No decorrer da trama, Ana conhece Jaime (Danton Mello) e uma paixão fulminante surge entre os dois. Mas o tédio da vida universitária e os seus personagens imaginários fazem com que a jovem confunda realidade e fantasia, vivenciando conflitos psicológicos. “Na verdade, não só os pés revelam a personalidade de Ana, assim como todo o seu corpo. Em meio as suas indagações, ela enfrenta os problemas existenciais da idade, comuns na transição para a maturidade. Identifico-me com a personagem, principalmente quando encaramos os desafios que a vida nos propõe. Ana está com 25 anos, como eu, e é hora de assumir uma posição. Admiro a genialidade do texto da Fernanda, que nos faz pensar e não esgota as respostas com experiências anteriores. É uma troca dinâmica com o público e isso renova as nossas energias a cada apresentação. Por isso aceitei o convite para estrear no teatro com a peça”, diz Priscila Fantin. “Vergonha dos Pés materializa a luta de dois jovens em busca de suas identidades. Parte importante da encenação está no trabalho dos atores, na construção de diversos personagens que lutam desesperadamente para não se machucarem, tentando conhecer-se sem se envolver, como se fosse possível. Mas é desse esforço insano que nascem seus valores, suas sensações, suas reações e a comédia cáustica das situações que vivem. É através dos rounds dessa luta, às vezes patética, às vezes poética, que vai se desenhando a linha dos seus destinos, que nesse momento se cruzam“, diz o diretor Alexandre Reinecke. Para costurar a narrativa, Alexandre Reinecke utiliza recursos cênicos que prendem a atenção da platéia. Com agilidade e dinamismo, os atores trocam de roupa, manipulam bonecos e vídeos, em um cenário que, aos poucos, vai se revelando.

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