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O projeto “Artes nas Águas de Minas” inicia nesta segunda-feira (18/11), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os trabalhos de arte urbana na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade. O lançamento oficial das atividades será marcado por um evento, às 16h, realizado na própria ETE, na Rua Retiro das Esmeraldas, número 580. O projeto é uma realização do Ministério da Cultura e da APPA – Cultura & Patrimônio, patrocinado pela Copasa e viabilizado pelo Governo Federal - União e Reconstrução, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet.

A população poderá acompanhar o processo de criação da artista belo-horizontina Juliana Gontijo, convidada pela curadoria para a etapa de Contagem, e dos artistas locais Zi Reis e Rafael La Cruz, selecionados por convocatória pública. Dentro da programação, será realizada uma oficina de arte para jovens no dia 30 de novembro, das 14h às 18h, na Estação da Juventude de Contagem, na Avenida João César de Oliveira, número 174, no bairro JK. O encerramento da etapa e lançamento da Galeria Aberta “Arte nas Águas de Minas” será realizado em 2 de dezembro, às 16h, na ETE Contagem.

Artistas da etapa Contagem

Formada em artes visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com especialização em pintura, Juliana Gontijo atua no mercado da arte desde 2012 e já participou de diversas exposições e residências artísticas pelo país. Seu trabalho traz temas como ecologia, geografia e conhecimentos populares, utilizando-se da imagem e da palavra em construções híbridas que tensionam os sentidos entre o real e a crítica social, a imaginação lúdica e a tradição encantada. Recentemente, ela fascinou Itabira com um grande mural intitulado “Refloreste-se (Jacarandá do Campo)”, na 2ª edição do Mapa Festival.

Zi Reis é mãe, mulher periférica, muralista, grafiteira, poeta, produtora cultural e arte educadora. Sua arte explora temas como maternidade, infância, ancestralidade e a luta das mulheres por equidade. Doutora Honoris Causa pelo Município de Itaparica, na Bahia. Mestranda em Artes Visuais e bacharel em pintura pela Escola de Belas Artes da UFMG. Seus trabalhos já apareceram em festivais e mostras coletivas como Arte em Cores, Território Arte Urbana - TAU, Circuito Urbano de Arte - CURA, e Sangria. Também já realizou exposições individuais como “E agora Maria“ na Galeria de Arte da Aliança Francesa, e “Mulher Raiz Forte” Casa da Cultura Nair Mendes.

Rafael La Cruz, multi-artista, ilustrador, grafiteiro, quadrinista e conservador-restaurador. Bacharel em Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis pela Escola de Belas Artes da UFMG, o artista também é formado em produção de áudio e vídeo pela Escola de Arte e Tecnologia Oi Kabum!. Premiado pela animação O Sorriso de Frida Kahlo (2014/10° MUMIA), é autor de Legacy (2021) e Quadrinhos Viáveis (2020), e foi publicado no caderno Retraçar Histórias: Quadrinhos e Resistência Negra. Artista convidado na exposição coletiva Dos Brasis: Arte e Pensamento Negro (Sesc|SP|2023).

Sobre o projeto

“Arte nas Águas de Minas” é uma homenagem à água, elemento vital que deve ser preservado e valorizado. Até março de 2025, o projeto entregará 18 obras de arte urbana em unidades da Copasa de seis cidades do interior do Estado: Divinópolis, Contagem, Araxá, Pouso Alegre, Montes Claros e Coronel Fabriciano. Baseados em sua maioria na estética do muralismo e do grafite, os trabalhos terão a água como norte temático e serão assinados por seis artistas convidados de renome nacional e internacional. Serão seis artistas selecionados previamente pela curadoria do projeto, assinada por Juliana Flores (CURA, Festa da Luz), e por 12 artistas locais, sendo dois por cidade, escolhidos por editais publicados ao longo do percurso.

Em Divinópolis, a primeira etapa foi encerrada no dia 6 de novembro, com a entrega das pinturas da dupla goiana Bicicleta Sem Freio, convidada da curadoria, e dos artistas locais Mika Ribeiro e William Pinguim, selecionados do edital. Já a terceira cidade, Araxá, recebe como artista convidado o paulistano Ramon Martins e está com edital aberto para a seleção de artistas locais até o dia 22 de novembro, pelo site appa.art.br. 

APPA - Cultura & Patrimônio

A APPA - Cultura & Patrimônio é uma associação cultural, sediada em Belo Horizonte, de fins não lucrativos, que tem como principal objetivo a promoção de iniciativas artísticas, culturais e patrimoniais que favoreçam o desenvolvimento socioeconômico. Em mais de 30 anos, a APPA já desenvolveu, gerenciou e executou, com sucesso, mais de 240 projetos, aprovados em diversos mecanismos de financiamento cultural, como leis de incentivo à cultura e fundos culturais, além do gerenciamento e execução de convênios, termos de parceria, contratos de gestão, termos de ajustamento de conduta, patrocínios não incentivados, entre outros.

"Arte nas Águas de Minas" nas redes

Foto: Natália Hare / Divulgação