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Uma celebração que une tradição, música e espírito comunitário para todas as idades. Essa é a proposta do “Clube da Esquina na Periferia” com Telo Borges e Lô Borges, irmãos e cicerones do evento. Em sua terceira edição, o projeto oferece atividades culturais, apresentações musicais, performances circenses, e um toque especial para as crianças com brincadeiras e diversão. O evento acontece no dia 8 de dezembro, domingo de 11h às 20h, na comunidade da Serra, em Belo Horizonte, com entrada gratuita. 

As atrações começam às 11h com atividades voltadas ao público infantil e DJ. Às 13h30, a Banda Equatorial sobe ao palco cantando e homenageando o Clube da Esquina. Em seguida, às 15h, a Banda Seu Vizinho, comandada por PV, líder musical da comunidade da Serra, convida Marcelo Veronez. E às 17h, Telo Borges convida Lô Borges, para uma apresentação que promete aquecer os corações e resgatar a memória de grandes sucessos do Clube da Esquina.

“A história desse meu show com a participação do Lô está no terceiro ano e é uma coisa maravilhosa, porque a gente começou no meio da pandemia para levar música, alegria, para a comunidade. Foi uma ideia minha junto com a Danusa Carvalho, da Casulo Cultura, de fazer esses encontros. Na pandemia já foi uma coisa muito linda, agora a gente faz comemorando a nossa vida, a nossa parceria. Então, estou muito feliz de poder subir com meu irmão, o mesmo sangue, no mesmo palco, vai ser novamente inesquecível”, diz Telo Borges, cantor, compositor e um dos idealizadores do projeto. 

Danusa Carvalho, parceira de Telo e Lô nessa circulação diz que é um privilégio poder levar artistas do Clube da Esquina para as comunidades, mostrando o potencial da música, considerando que o Clube da Esquina 1, feito por Lô e Milton é considerado o melhor disco de todos os tempos por críticos mundiais. "Quando fizemos a primeira edição, Lô falou que era um prazer estar ali e que fazia 30 anos que não subia em uma comunidade e que queria seguir com esse projeto. De lá para cá, virou um projeto anual de fim de ano”, conta Danusa.

Telo Borges tem uma carreira marcada por composições icônicas e parcerias históricas, compartilha uma trajetória que atravessa gerações, tendo criado obras ao lado de Milton Nascimento, Elis Regina e Beto Guedes, entre muitos outros. "Tristesse," uma parceria sua com Milton, ganhou o Grammy Latino, consolidando seu lugar na música brasileira. No show, além de clássicos como "Trem Azul", "Travessia", e "Amor de Índio", o público poderá ouvir faixas memoráveis de sua autoria, como "Vento de Maio" e "O Poder Mágico". 

A Banda Equatorial expressa uma sonoridade própria, enriquecida pelas influências de elementos das músicas do Clube da Esquina e da música popular brasileira. A banda é formada por Claudio Fraga no violão e voz, Will Motta nos teclados e vocais, Neo Andrade no contrabaixo e vocais, Rogério Delayon na guitarra e vocais e Robinho Batera, na bateria. O repertório musical vai fundo na cultura musical mineira, do movimento Clube da Esquina, liderados por Milton “Bituca” Nascimento, Lô Borges, Telo Borges, Flávio Venturini, 14 BIS, Tavito, Beto Guedes, Toninho Horta e suas vertentes como Boca Livre, Sá e Guarabira, Roupa Nova e outros compositores da MPB, afinados com a sonoridade mineira. As canções autorais também fazem parte do repertório da banda, liderada pelo cantor e compositor Cláudio Fraga.

O Seu Vizinho nasceu em 2014 como um Bloco de Carnaval Afro e de Favela no Aglomerado da Serra, com o objetivo de promover um carnaval inclusivo e de resistência, celebrando a cultura da comunidade. O bloco já reuniu mais de 100 mil foliões em desfiles e também expandiu suas ações para o campo da arte, educação e apoio social. Hoje, a Associação Sociocultural Seu Vizinho atua para valorizar a negritude e combater desigualdades no território, em parceria com artistas e coletivos locais. Uma de suas frentes é a banda Seu Vizinho, que leva ao público um repertório variado da cultura popular brasileira, em especial da periferia, berço de várias manifestações artísticas, indo do samba ao funk, do axé ao rap, do pagode ao forró, incluindo as atualidades, pagodão, arrocha e piseiro e muito mais. A banda destina 10% do cachê para as atividades da associação, oferecendo oportunidades de formação e renda para a comunidade.

Marcelo Veronez é cantor, ator e diretor de teatro e shows, atuando profissionalmente desde 2000. Em 2017, lançou seu álbum de estreia, Narciso deu um grito. Entre seus principais trabalhos estão os espetáculos: Os Saltimbancos, pelo qual foi premiado, em 2011, como melhor ator coadjuvante pelo Sinparc, e Auto da Compadecida, onde está no elenco, desde 2019, e participou da montagem com a Orquestra Ouro Preto, em 2023. Seus shows de destaque incluem "Não sou nenhum Roberto", em cartaz desde 2008, Narciso deu um grito, Como se não tivesse acontecido nada e a homenagem Cássia, te amo, de 2021. Veronez é também pesquisador da relação entre teatro e música popular e coordenador de programação do Circuito Municipal de Cultura de Belo Horizonte pelo Instituto Odeon.

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da MGS. 

Serviço: Clube da Esquina na Periferia - Natal na Serra - com Telo Borges e Lô Borges
Data: Domingo, 8 de dezembro de 2024  
Local: Rua da Passagem, Serra, Belo Horizonte, MG  
Horário: 11h às 20h  

Programação
11h Atrações Infantis
12h DJ  
13h30 Banda Equatorial
15h Bloco Seu Vizinho convida Marcelo Veronez
17h Telo Borges convida Lô Borges 

Realização e produção: Casulo Cultura 
Informações: @casulo.cultura

Foto: Tobogã