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O Museu de Arte da Pampulha, MAP, comemora seu cinqüentenário com a abertura da exposição Neovanguardas, a partir do dia 23 de dezembro. A mostra, que tem curadoria de Marconi Drummond, com assistência de Marcio Sampaio e Marília Andrés como curadores adjuntos, possui um caráter não apenas artístico, mas também documental, a respeito da produção artística brasileira, e especialmente mineira, nos anos 60 e 70. Neovanguardas é uma realização da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, do Museu de Arte da Pampulha e da Associação dos Amigos do Museu de Arte da Pampulha. A mostra Neovanguardas surgiu da proposta de recriar e retratar a atuação artística dos anos 60 e 70, destacando importantes obras do acervo do MAP. Foram realizadas, ainda, pesquisas em acervos de instituições, de colecionadores, críticos e artistas. A equipe do Museu da Pampulha se empenhou, também, em restaurar e recuperar obras emblemáticas. Assim, foi possível reunir obras fundamentais da época, documentos, audiovisuais e registros fotográficos, possibilitando, ao espectador, um mergulho em um dos períodos mais vivos e criativos da arte brasileira. Belo Horizonte e o Museu de Arte da Pampulha foram importantes palcos das neovanguardas, produzindo uma série de eventos – salões de arte, manifestos, performances, entre outros - que refletem e afirmam a posição dos artistas mineiros em face às transformações dos modos artísticos e à realidade político-social do período. A exposição ocupa toda a parte interna do MAP: Salão Nobre, Mezanino, Sala da Memória e auditório. Foram criadas diversas salas e espaços a fim de acomodar fotografias, documentos, audiovisuais e obras das neovanguardas. A mineira Teresinha Soares tem destaque na mostra: a artista ganha uma sala especial, que reúne cartazes, gravuras, álbuns, pinturas e desenhos de sua autoria. Também é destaque a recriação de sua instalação “Corpo a Corpo”, no mesmo local em que foi exibida nos anos 70, (chão do Salão Nobre, junto à rampa). Neovanguardas privilegia, ainda, outros artistas mineiros que tiveram ampla atuação na época e cujo trabalho se tornou emblemático, como José Ronaldo Lima e Lotus Lobo. Esta última foi criadora, em parceria com Dilton Araújo e Luciano Gusmão, do trabalho “Territórios”, premiado no Salão do MAP e que, pela primeira vez, leva uma obra para fora dos limites do Museu, tomando os espaços de seus jardins. Neovanguardas traz registros de outros acontecimentos importantes, como a I Exposição de Poesia de Vanguarda, (Reitoria da UFMG, 1964). É documentada, também, a expressiva participação do Suplemento Literário do Minas Gerais em sua fase de vanguarda, entre 1966 e 1974, como um espaço aberto às manifestações culturais de vanguarda, e muito especialmente à geração de artistas então emergentes. Data: 23 de dezembro de 2007 a 16 de março de 2008 Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h Endereço: Av. Dr. Otacílio Negrão de Lima, 16 585 – Belo Horizonte MG Entrada Franca. Visita orientada mediante agendamento pelo telefone 3277-7953.